quarta-feira, 5 de maio de 2010

ONDE ESTÁ O VERDADEIRO CRÍTICO CULTURAL?

Por Rafael Lins


Ao longo dos anos, é comum ouvirmos que isto ou aquilo não é cultura, que a oposição entre o que é erudito e popular costuma fazer parte da discussão entre intelectuais engajados na defesa de uma cultura elitista ou estudiosos defensores da cultura popular como um escudo das camadas sociais desfavorecidas.



Então qual seria o papel da mídia no meio dessas duas posições? Ora, se temos hoje um leque de canais em que a cultura se mostra atuante, por que não mostrar à sociedade que por meio dela é que o indivíduo constrói sua história, o liberta das correntes demagógicas que o prende. Esse é o papel do crítico cultural (especialista na análise e crítica das chamadas “sete artes”: literatura, música, teatro, pintura, escultura, arquitetura e cinema).



Mas atualmente notamos que o papel do crítico não tem mais o vigor de antigamente, principalmente nos meios impressos, tomados por aqueles que se preocupam com as fofocas de celebridades, se distanciando daquela função que lhes foi atribuída no século XVIII (1711) com a revista inglesa diária Spectator: “tirar a filosofia dos gabinetes e bibliotecas e levá-la ao conhecimento das pessoas educadas, mas não somente especialistas.”. É ter uma visão ampla, despida de preconceitos ao avaliar quaisquer obra e nela encontrar qualidade e alertar, se caso exista, sobre sua pobreza artística.




O verdadeiro crítico é aquele que lê, se atualiza e não faz concessões ao comentar qualquer obra. Na atualidade, um tipo quase em extinção.

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05 de Maio - Dia das Comunicações